terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Salvem as florestas tropicais!


Ora não é que o Bento fez das suas!? Que é como quem diz, abriu a boca e não entrou mosca: saiu MERDA!
“Papa compara defesa da heterossexualidade à protecção das florestas tropicais” é o título de um artigo da edição online do público, que por si só já dispensa muitos comentários (link:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1353964&idCanal=62). De qualquer forma, não resisto a tecer alguns comentários.
“As florestas tropicais merecem a nossa protecção. Mas o homem, enquanto criatura, também a merece”. Pois é, parece que sim. E que tipo de atenção merece o homem? Porque? É que diz que andam por ai uns meninos(as) a destruir o trabalho do todo poderoso… Segundo o Bentas, as relações diferentes das heterossexuais são a “destruição do trabalho de Deus”! E pronto! Estava ele descansadinho da vida (?) lá em cima, jovialmente observando os tempos de crise que correm (diz que tem tentado dar uma “mãozinha invisível” aos mercados, mas não ta fácil, parece que até para ele o acesso ao crédito está difícil…), enquanto aqui em baixo uns rabichos andam a estragar aquilo que ele fez. Aquilo! Não há direito… E como é que estragam? Não sendo homossexuais, mas praticando actos homossexuais! Ora aí está uma grande diferença! Se queres ser homossexual, sim senhor, tem a bondade, mas com cautela! Sem praticar! No fundo o que aqui se fala é de homossexuais não praticantes, isso é que se defende. Um pouco como os católicos não praticantes. (Há aqui qualquer coisa que não bate muito certo…)
Já todos estamos mais que habituados às posições da igreja e ao seu habitual mofo infestante. Mas aqui há algo de novo. O argumento já não cheira a mofo, mas sim a algo como naftalina. Mas da moderna.
Na mesma comunicação o papa demarca-se do estatuto de “estrela rock”. O que é uma pena. Primeiro de tudo porque parece que não o vamos poder ver com este look.


Depois porque ao que parece os próximos encontros de jovens católicos vão ser uma seca. Onde é que já se viu?! As míticas Jornadas Mundiais da Juventude que tendem a ser consideradas como “uma variante da cultura jovem moderna, como uma espécie de festival rock modificado, num sentido eclesiástico, com o Papa como estrela”, vão mudar. De certo que vão mudar para algo bem mais ao estilo de uma normal missa, mas de proporções gigantes. Ainda assim estou convicto que não faltarão as alegres guitarradas nocturnas, em torno da fogueira, onde se cantam louvores ao “coiso”. Mas sem bichanices…

Um Santo Natal!

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